O ano de 2020 nos surpreendeu com a pandemia do coronavírus, que modificou totalmente nossos hábitos e costumes, atingindo nossos negócios e tristemente nos deixando perplexos.
No setor da reparação de veículos, assim como em todas as atividades econômicas, ficamos atordoados de como ficariam as coisas em função do total desconhecimento de todos perante esta situação inusitada, assim como os diversos regramentos legais que eram publicados a todo o momento. No entanto a reparação de veículos através do esforço de cada Sindirepa em seus respectivos estados, foi considerada atividade essencial, portanto, funcionando normalmente e atendendo os protocolos de segurança estabelecidos pelo governo.
Do ponto de vista dos negócios, o segmento da mecânica alçou o crescimento de + 0,35% no número de passagens de veículos, impulsionando toda a cadeia de autopeças, tomando como base que o Aftermarket é praticamente suportado pelas oficinas independentes, visto a inexistência do sistema “Do-it-yourself” em nosso país.
Diversos fatores potencializaram o aumento dos serviços nas oficinas mecânicas da linha leve, comercial leve e de pesados, que estimularam a circulação de veículos automotores, em um primeiro momento em curtos deslocamentos e em seguida de forma mais expressiva em viagens, impulsionando assim a manutenção, os quais são destacados:

  • a interrupção dos voos;
  • a insegurança no transporte público de massa;
  • a queda imediata na venda de veículos novos.

Estes ingredientes acima, somado a isto, a resiliência e criatividade das micro e pequenas empresas que levaram o conforto do sistema leva e trás do veículo dos clientes, a busca temporária por autopeças técnicas em curto espaço de tempo na Internet ocasionado por problemas pontuais, mas logo retornando ao robusto sistema tradicional formado por distribuidores e varejistas, além de transmitir a segurança e economia aos consumidores na manutenção da frota circulante de veículos, conseguiu mais uma vez manter a frota circulando e transportando pessoas e riqueza neste gigante, chamado Brasil.
Já o segmento de reparos por colisão, a tradicional funilaria e pintura amargou uma redução na faixa de 30% a 40% no volume de passagens de veículos, decorrente da queda de sinistralidade oriunda das companhias de seguros, impactando diretamente em seu faturamento.
Olhando pelo retrovisor o ano de 2020 foi muito melhor que 2019 pelo menos ao segmento de mecânica, não podendo dizer o mesmo do segmento de colisão, mas olhando pelo vidro dianteiro os movimentos de mercado e o cenário visualizado sinaliza que no ano de 2021 poderemos atingir um crescimento na faixa de 5 a 10% englobando assim todos os segmentos de negócio.
Meus cordiais sentimento para as vítimas decorrentes da pandemia, que todos respeitem os protocolos de segurança e que possamos continuar competitivos diante de todos os desafios.

Boa leitura a todos.

Antonio Carlos Fiola Silva
Presidente Sindirepa Brasil

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