Alta nos licenciamentos é impulsionada pela regularização na entrega deveículos vendidos em meses anteriores. Indústria segue com dificuldades paraacompanhar a demanda. O mês de maio/2021 ocupou a 11ª. colocação noRanking Histórico de Vendas, entre todos os meses de maio, desde 1957.
A FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de VeículosAutomotores
divulgou, nesta quarta-feira, 2 de junho, que os emplacamentosde veículos, no mês de maio/2021, considerando todos os segmentosautomotivos
(automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas,implementos rodoviários e outros)
tiveram crescimento de 10,82% sobre omês anterior (319.257 unidades contra 288.081 emplacamentos) e 218%,quando comparado a maio/2020 (100.394 veículos). Para o Presidente daFENABRAVE, Alarico Assumpção Júnior, a alta foi impulsionada por conta dasentregas de veículos vendidos em meses anteriores.
“Apesar dos esforços das montadoras, as entregas de veículos ainda nãoatingiram o equilíbrio, em função da falta de alguns componentes,principalmente eletrônicos, mantendo o represamento de vendas, que já vinhasendo verificado. Nos resultados de maio, notamos que uma parcela dosemplacamentos se referem às vendas realizadas em meses anteriores. Comoconsequência da menor oferta, os estoques de veículos, para todos ossegmentos, se mantêm em um nível muito baixo”,
observa Alarico AssumpçãoJúnior, Presidente da FENABRAVE.
Na análise de dias úteis, considerando que maio teve 21 dias úteis (um dia amais do que abril), o mercado registrou uma alta de 5,57%.
O volume acumulado de emplacamentos, nos cinco primeiros meses de 2021,soma 1.393.358 unidades. Na comparação com o mesmo período de 2020,quando foram emplacadas 1.031.235 unidades, houve um crescimento de35,12%.
“Vale observar que esse crescimento, embora bastante positivo, se dásobre uma base comparativa baixa, já que tivemos péssimos resultados nosmeses de março e abril do ano passado, em função do início da pandemia e daparalisação súbita da economia”,
lembra o Presidente da FENABRAVE.
No ranking histórico, desde 1957, o mês de maio/2021 está na 11ª posição e oacumulado dos cinco primeiros meses de 2021 está na 12ª posição. AFENABRAVE mantém a previsão inicial de crescimento, de 16%, para o ano de2021, divulgada em janeiro. A entidade somente deve revisar suas projeçõesem julho, após o fechamento do 1º. Semestre deste ano.
“Os índices deconfiança da indústria estão altos, estando entre os 5 maiores do País. Hádemanda e crédito elevados no mercado automotivo e, com a evolução davacinação e imunização da população, contra o COVID-19, talvez estejamosdiante de um quadro mais favorável do que o estimado, quando iniciamos a 2ª.onda da pandemia, neste ano”,
declara Assumpção Júnior, complementando:
“Mas, ainda é cedo para alterar nossas projeções. Vamos aguardar ofechamento do semestre para avaliar melhor o cenário como um todo,incluindo a regularização da produção”,
conclui o Presidente da FENABRAVE.
Acompanhe, a seguir, o desempenho de cada segmento automotivo:
Automóveis e Comerciais Leves
Os segmentos de Automóveis e Comerciais Leves apresentaram alta de 7,03%,nos emplacamentos de maio/2021 (175.405 unidades emplacadas), secomparados com o mês de abril (163.888 unidades). Em relação a maio de2020 (56.627 unidades), houve alta de 209,76%.
Já no acumulado dos cinco primeiros meses de 2021, houve um crescimento de30,07%, totalizando 837.125 automóveis e comerciais leves emplacados,contra os 640.477 registrados no mesmo período do ano passado.
No ranking histórico, maio de 2021 está na 13ª posição e, no acumulado doscinco primeiros meses do ano, na 12ª colocação.
O crédito, para financiamentos, continua com uma boa oferta, e a aprovação semantém em 6,7 fichas para cada 10 enviadas aos bancos.
Ainda com baixa oferta, os estoques das Concessionárias estão em 12 dias.
Caminhões
O mercado de Caminhões continua aquecido, mas ainda afetado pela falta depeças e componentes.
“Esse aquecimento demonstra a melhora da economia,o que é corroborado pelo Índice de Confiança da Indústria Automotiva que,segundo levantamento (ICEI), está entre os 5 maiores do ranking nacional. Nocomércio também estamos confiantes e notamos que se a produção decaminhões fosse maior, teríamos mercado para isso”,
comenta AssumpçãoJúnior.
Em maio, foram emplacados 11.358 Caminhões, numa alta de 140,43% sobremaio de 2020, quando foram vendidas 4.724 unidades.
Já na comparação com abril de 2021, quando foram emplacados 9.817Caminhões, houve alta de 15,70% e, no acumulado dos primeiros cinco mesesdo ano (46.948 unidades), houve crescimento de 62,82% sobre igual períododo ano passado, quando foram comercializados 28.835 Caminhões.
No ranking histórico, o mês de maio de 2021 está na 5ª posição, e oacumulado ocupa a 6ª colocação para Caminhões.
O segmento continua com boa oferta de crédito e as programações de entrega,das vendas de alguns modelos, estão previstas para novembro e dezembro de2021.
Ônibus
Em maio, o segmento, que vinha amargando sucessivas quedas, emplacou1.897 unidades, o que significa crescimento de 130,78% sobre maio/2020,quando foram negociadas 822 unidades, e de 35,50% sobre abril/2021 (1.400Ônibus emplacados).
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2021, quando foram emplacados7.549 Ônibus, houve alta de 14,80%, na comparação com igual período de2020 (6.576 unidades).
“Apesar dessa alta expressiva, devemos avaliar que a comparação se dá emuma base baixa, e que as vendas de Ônibus, ainda que tenham melhorado,continuam afetadas pela pandemia da COVID-19, que impactou na circulação eviagens das pessoas”,
explica Assumpção Júnior.
No ranking histórico das vendas de Ônibus, o mês de maio está na 12ª posiçãoe o acumulado de 2021 ocupa a 13ª colocação.
Implementos Rodoviários
O segmento de Implementos Rodoviários acompanha, de perto, a evolução deCaminhões e, em maio, registrou 7.998 unidades emplacadas, numcrescimento de 113,28% sobre o mesmo mês do ano passado, quando foramcomercializadas 3.750 unidades, e uma alta de 7% sobre abril deste ano(7.475 unidades).
No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, houve crescimento de83,03% (36.780 unidades) sobre igual período de 2020 (20.095 unidades).
Motocicletas
O segmento de Motocicletas, que foi o grande destaque do mês passado,continua com bons resultados em maio/2021, quando teve 110.417 unidadesemplacadas, numa alta de 277,91% sobre maio de 2020 (29.218 motoscomercializadas).
Em relação a abril de 2021, quando 94.693 unidades foram vendidas, houvealta de 16,61%.
Já no acumulado dos cinco primeiros meses de 2021, os emplacamentos deMotocicletas somaram 410.657 unidades, um resultado que, se comparado às304.393 unidades, comercializadas em igual período de 2020, demonstra altade 34,91%.
“O mercado de Motocicletas continua aquecido, mas ainda há reflexos dosproblemas enfrentados pela indústria, para regularizar sua produção/entrega.Devido a essas dificuldades, alguns modelos estão com entrega programadapara daqui a 40 dias, mas, aos poucos, o mercado está se ajustando. Desde
abril, com o retorno da produção, as fábricas estão conseguindo entregar partedo volume das vendas que já haviam sido efetivadas. O crédito também estámelhor, para quem pretende financiar Motocicletas, com a aprovação de quasemetade das propostas enviadas aos bancos”,
comentou o Presidente daFENABRAVE.
No ranking histórico de motos, o mês de maio/2021, está na 10ª colocação e,no acumulado do ano, na 13ª posição.
Tratores e Máquinas Agrícolas têm quadrimestre positivo
OBS.:
Por não serem emplacados, os Tratores e as Máquinas Agrícolasapresentam dados com um mês de defasagem, pois dependem delevantamento junto aos fabricantes
.
Em abril de 2021, as vendas de Tratores e Máquinas Agrícolas atingiram 4.492unidades, numa alta de 7,88%, na comparação com o mês de março, quandoforam comercializadas 4.164 unidades.
Na comparação com abril de 2020, quando foram vendidas 2.335 unidades, aalta foi de 92,38%.
No acumulado do 1º quadrimestre de 2021, houve crescimento nas vendas deTratores e Máquinas Agrícolas. Foram negociadas 15.347 unidades, o querepresenta crescimento de 36,53% sobre as 11.241 negociadas no mesmoperíodo do ano passado.
Acompanhe, abaixo, a tabela com os dados de desempenho do mercado de veículos NOVOS:
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